Câncer de pulmão: impactos no corpo e na saúde

efeitos no corpo

No Brasil, o câncer de pulmão está entre os tipos mais comuns. Atinge mais homens do que mulheres. Esse câncer leva muitas vidas, sendo muito grave. Em 2020, causou a morte de 28.618 brasileiros.

É vital entender como isso afeta a saúde e o corpo. Isso ajuda a conscientizar todos. Não se trata apenas de sintomas físicos.

Esse câncer também mexe com o emocional e o social. Isso muda muito a vida dos pacientes.

O que é câncer de pulmão?

O câncer de pulmão acontece quando células ruins crescem muito nos pulmões. Estas células podem criar tumores e se espalhar pelo corpo.

Definição e Tipos

Existem dois tipos principais deste câncer: o carcinoma de células não pequenas e o carcinoma de células pequenas. Cerca de 85% dos casos são do primeiro tipo. Este inclui subtipos como adenocarcinoma e carcinoma de células escamosas.

O carcinoma de células pequenas é mais raro, mas muito agressivo. Ele corresponde a cerca de 15% dos casos e se espalha rapidamente.

Incidência no Brasil

No Brasil, o câncer de pulmão é bastante comum. É o terceiro tipo mais comum entre homens e o quarto entre mulheres. Anualmente, surgem cerca de 18.020 casos em homens e 14.540 em mulheres.

A boa notícia é que as mortes por essa doença estão diminuindo. Isso se deve à redução do número de pessoas que fumam. As mortes caíram em 3,8% entre os homens e 2,3% entre as mulheres a cada ano. Fumar, doenças pulmonares anteriores, histórico familiar, poluição do ar, e certas exposições elevam o risco.

Como o câncer de pulmão se desenvolve?

O câncer de pulmão muitas vezes começa com mudanças no DNA das células dos pulmões. Essas alterações são chamadas de mutações. Elas fazem com que as células cresçam sem controle. Isso pode levar ao aparecimento de tumores malignos.

Os tumores podem crescer e se espalhar para tecidos ao redor. Isso prejudica o funcionamento dos pulmões.

Disfunção Celular

A disfunção celular é chave para o câncer de pulmão aparecer. Quando o ciclo celular não é controlado corretamente, células cancerosas se multiplicam rápido. Elas também evitam morrer como deveriam naturalmente.

Estas células se acumulam, formando tumores. Isso afeta os pulmões e a saúde do paciente.

Metástase e Propagação

A metástase faz o câncer de pulmão ser muito perigoso. Células do tumor original viajam para outras partes do corpo. Elas podem ir pelo sangue ou sistema linfático.

Podem formar novos tumores em lugares importantes como cérebro, fígado e ossos. Isso dificulta o tratamento do câncer.

É crucial entender como o câncer de pulmão se desenvolve e se espalha. Saber sobre disfunção celular e metástase ajuda a criar melhores tratamentos e prevenções. A pesquisa e o progresso da medicina são essenciais para lutar contra o câncer.

Sintomas do câncer de pulmão

É central detectar os sintomas do câncer de pulmão cedo para um tratamento eficaz. Reconhecer os sinais tanto no começo quanto nas fases avançadas é crucial.

Sintomas em Estágios Iniciais

Nos primeiros estágios, os sintomas do câncer de pulmão são sutis. Eles podem ser confundidos com problemas menos graves. Os mais comuns incluem:

  • Tosse persistente, especialmente se não melhora com o tempo.
  • Rouquidão que não desaparece.
  • Falta de ar (dispneia), mesmo durante atividades leves.
  • Perda de peso inexplicável, sem alteração na dieta ou rotina de exercícios.
  • Fadiga extrema, que pode interferir nas atividades diárias.

Esses sintomas dos estágios iniciais podem parecer leves, mas é vital buscar ajuda médica. É crucial para descartar ou diagnosticar o câncer cedo.

Sintomas em Estágios Avançados

Ao avançar, o câncer de pulmão causa sintomas graves. A pessoa pode enfrentar:

  • Tosse com sangue (hemoptise).
  • Dor no peito, pior com a respiração profunda, tosse ou riso.
  • Infecções respiratórias repetidas, como bronquite ou pneumonia.
  • Inchaço do rosto ou pescoço, pela pressão do tumor nos vasos.
  • Dificuldade para engolir (disfagia), se o tumor pressionar o esôfago.

Os sintomas dos estágios avançados também abrangem dor nos ossos e mudanças no sistema nervoso. A icterícia pode surgir se o câncer atingir o fígado. Sintomas como problemas hormonais podem aparecer por paraneoplasia. É vital reconhecer esses sinais rápido para o tratamento.

Consultar um médico imediatamente ao notar esses sintomas é crucial. Pode ser a chave para um tratamento bem-sucedido e evitar a progressão da doença.

Fatores de risco do câncer de pulmão

Saber quais são os riscos do câncer de pulmão ajuda a preveni-lo e a diagnosticá-lo cedo. Ele é a maior causa de morte por câncer. O principal fator de risco é fumar. Mas, outras coisas, como substâncias tóxicas e poluição, também são importantes.

Tabagismo e Fumo Passivo

Cerca de 85% dos casos de câncer de pulmão vêm do fumo. Ao fumar, os pulmões são expostos a muitas substâncias que podem danificar o DNA das células. Também, inalar fumaça sem ser fumante, o chamado fumo passivo, aumenta bastante o risco de ter a doença.

Doenças Pulmonares Preexistentes

Quem já tem problemas nos pulmões, como DPOC ou fibrose pulmonar, tem mais chance de desenvolver câncer de pulmão. Essas doenças danificam o tecido dos pulmões e facilitam o aparecimento do câncer. A inflamação crônica que elas causam pode levar a mutações nas células.

Exposição a Poluentes e Substâncias Tóxicas

Alguém que trabalha com amianto, arsênico e certos produtos químicos tem mais risco. Isso inclui pessoas em fábricas, minas e na construção. A poluição do ar, principalmente nas cidades, também faz mal aos pulmões e pode causar câncer.

É fundamental conhecer esses riscos para prevenir e buscar tratamento cedo. Assim, podemos diminuir as mortes por câncer de pulmão.

Diagnóstico precoce do câncer de pulmão

Descobrir o câncer de pulmão logo no início é vital. Isso pode salvar vidas e tornar o tratamento mais simples. O câncer de pulmão está entre os quatro principais tipos no Brasil. Anualmente, espera-se mais de 30 mil novos casos, conforme o INCA. Para diagnosticar cedo, médicos usam vários testes, como exames de imagem e biópsias. Estes são essenciais para encontrar a doença rápido.

Exames de Imagem

Exames como o raio-X e a tomografia são fundamentais. O raio-X do tórax é prático e veloz, podendo mostrar problemas nos pulmões. Contudo, nem sempre acha sinais iniciais do câncer. Já a tomografia mostra detalhes e acha nódulos menores, ajudando muito na descoberta precoce da doença. Durante a pandemia da COVID-19, o uso da tomografia aumentou. Isso melhorou o diagnóstico precoce e os resultados do tratamento.

Biópsias e Análises

Biópsias confirmam se há câncer de pulmão. Este teste retira uma parte do tecido do pulmão para exame. Especialistas checam se há células cancerígenas. Existem vários tipos de biópsias. Uma delas usa um instrumento chamado broncoscópio. Outra, guiada por imagens, usa uma agulha. Estudar essas amostras de tecido ajuda a definir o tipo e estágio do câncer. Isso orienta sobre o melhor tratamento a seguir.

Encontrar o câncer de pulmão cedo é um passo importante para salvar vidas. Uso de exames de imagem e biópsias é essencial. Eles ajudam a saber mais sobre a doença, permitindo tratamentos mais eficientes e seguros.

Tratamentos para câncer de pulmão

O câncer de pulmão é uma doença difícil de tratar. Ela exige um tratamento com várias etapas. Cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia são os principais métodos. Cada um tem seus benefícios e efeitos colaterais que precisam ser considerados.

Cirurgia

A cirurgia é a principal escolha para quem está no início da doença. Ela pode envolver a retirada de uma parte ou de todo o pulmão. A técnica usada depende de onde e quão grande é o tumor. Após a cirurgia, a reabilitação é essencial para a recuperação do paciente.

Radioterapia

A radiação é usada para atacar as células do câncer no tratamento de radioterapia. Ela é indicada para quem não pode fazer cirurgia. Também é usada junto com quimioterapia para evitar que o câncer volte. Especialmente para aqueles com a doença em fase limitada.

Quimioterapia

A quimioterapia usa remédios para eliminar o câncer pelo corpo todo. É o tratamento principal para os casos mais avançados, podendo ser combinada com a imunoterapia. Medicamentos comuns são cisplatina e etoposídeo ou carboplatina e irinotecano. Porém, seus efeitos colaterais, como perda de cabelo e náuseas, devem ser cuidadosamente administrados.

Imunoterapia e Outros Tratamentos

A imunoterapia é uma inovação no combate ao câncer de pulmão. Ela ativa o sistema imunológico do paciente contra as células cancerígenas. Drogas como pembrolizumabe e nivolumabe trazem esperança. Além disso, a terapia alvo é usada para mutações genéticas específicas, promovendo novo ânimo aos pacientes.

Câncer de pulmão de células pequenas

O câncer de pulmão de células pequenas é muito agressivo e se espalha rapidamente. Este câncer é 15% dos casos de câncer de pulmão. Ele pode se espalhar para outras partes do corpo rapidamente. Por isso, é crucial detectá-lo cedo e tratar.

Características e Tratamentos Específicos

Esse tipo de câncer, por se espalhar rapidamente, precisa de um tratamento específico e intensivo. A quimioterapia é essencial, pois atinge células cancerígenas por todo o corpo. Para casos iniciais, os pacientes recebem quimioterapia e radioterapia juntas, visando combater o tumor de várias maneiras.

Em estágios avançados, a quimioterapia continua sendo o tratamento principal, às vezes com imunoterapia. Os medicamentos mais usados são a cisplatina com etoposídeo ou a carboplatina com etoposídeo. Esses tratamentos são realizados em ciclos de algumas semanas.

Se o câncer voltar, podem ser usados outros quimioterápicos, dependendo de quanto tempo passou desde a última vez. Efeitos colaterais como perda de cabelo, inflamações na boca, perda de apetite, náuseas e vômitos são comuns. Mas existem medicamentos para ajudar com esses sintomas.

Câncer de pulmão de células não pequenas

O câncer de pulmão de células não pequenas (CPNPC) compõe 85% a 90% dos casos. O diagnóstico e o tratamento mudam muito com os estágios do câncer.

Estágios e Abordagens Terapêuticas

O tumor é classificado por tamanho, envolvimento dos gânglios linfáticos e se espalhou pelo corpo. Isso ajuda a definir o melhor tratamento.

Em estágios I e II, a cirurgia remove o tumor. Pode-se usar quimioterapia adjuvante para eliminar células cancerígenas restantes.

Para estágios III, existem cirurgia, radioterapia e quimioterapia. A escolha depende de onde o câncer está e sua extensão.

No estágio IV, tratamentos como quimioterapia e imunoterapia são comuns. Imunoterapia com pembrolizumab é opção para altos níveis de PD-L1.

Em casos avançados, a quimioterapia intravenosa é principal. Pode-se combinar com imunoterapia conforme a saúde do paciente e o subtipo do tumor.

Nos adenocarcinomas, representando 46,7% dos casos, a terapia de manutenção com pemetrexed após 4-6 ciclos de quimioterapia pode prevenir recorrências.

Cerca de 40% dos pacientes desenvolvem metástases ósseas, com a coluna sendo o local mais comum. Tratamentos focam em aliviar a dor e prevenir fraturas.

Impactos do câncer de pulmão no corpo

O câncer de pulmão causa muitos problemas no corpo e traz doenças extras. Ele é muito comum, com 2,09 milhões de casos em 2018. Também é uma das maiores causas de morte, com 1,76 milhão de óbitos.

Efeitos Físicos

Os sintomas do câncer de pulmão podem ser graves. Incluem perda de peso, muito cansaço e dor constante. Tratamentos como radioterapia e quimioterapia podem causar problemas no coração.

Esses problemas incluem insuficiência cardíaca e arritmias. Quem faz esses tratamentos pode ter mais risco de linfedema também.

Comorbidades

Pessoas com câncer de pulmão podem ter doenças do coração, pressão alta e problemas respiratórios. Tratamentos no tórax aumentam o risco de danos nos pulmões. Ossos fracos e dores nas juntas são comuns após certas terapias.

Os tratamentos podem afetar a memória e a capacidade de pensar. Isso mostra a importância de cuidar dos pacientes de forma completa. Crianças e adultos precisam de atenção especial.

Prevenção do câncer de pulmão

Evitar o câncer de pulmão reduz a mortalidade ligada a essa doença. Adotar estilos de vida saudáveis torna isso possível. É essencial manter o peso, comer mais vegetais e fugir de toxinas.

Estilos de Vida Saudáveis

Para prevenir o câncer de pulmão, viver de modo saudável é crucial. Comer bem e se exercitar diminui o risco desse câncer. Evitar o fumo é essencial, pois solta mais de 7.000 químicos no ar, muitos causando câncer.

Parar de fumar é vital não só contra o câncer de pulmão. Ajuda a evitar cânceres na boca, laringe, faringe e esôfago.

Redução da Exposição a Substâncias Tóxicas

A prevenção do câncer de pulmão também exige evitar toxinas. Estas podem estar no trabalho ou produtos de limpeza. Usar proteção e seguir regras de segurança ajuda a diminuir esse risco.

Além disso, não se expor ao sol das 10h às 16h é recomendado. Práticas saudáveis e pouca exposição a toxinas cortam o risco de câncer. Se eliminarmos tabaco e outras substâncias nocivas, podemos reduzir drasticamente os casos de câncer.

Câncer de pulmão: impactos no corpo e na saúde

O câncer de pulmão é muito grave e afeta muitas pessoas. Cerca de 85% dos casos estão ligados ao fumo. É a maior causa de morte por câncer entre homens e mulheres. No Brasil, mais de 20 mil pessoas morrem dessa doença todo ano.

Essa doença pode afetar muito o corpo. Além dos pulmões, ela pode se espalhar para outros lugares, piorando a saúde do paciente. Os sintomas incluem falta de ar, dor no peito e perda de peso. Isso também afeta muito a mente e o coração das famílias dos doentes.

Se o câncer for descoberto cedo, a chance de viver mais cinco anos é de 56%. Mas menos de 20% dos casos são encontrados logo. Isso acontece porque os sintomas nem sempre são claros e falta exames de rotina. Em países ricos, a chance de sobreviver cinco anos é de 13 a 21%. Mas, em países pobres, essa chance cai para 7 a 10%.

O trabalho também pode aumentar o risco de ter essa doença. De 17 a 29% dos casos vêm de trabalhos com coisas que podem causar câncer, como amianto. Algumas profissões, como a agricultura e indústria de metais, têm mais riscos.

Para terminar, o câncer de pulmão tem muitos efeitos ruins na saúde. É muito importante não fumar, descobrir a doença cedo e tratar direito. Assim, podemos ajudar os doentes a terem uma vida melhor.

Conclusão

Este artigo mostrou como o câncer de pulmão é complexo e grave. As conclusões sobre câncer de pulmão destacam que precisamos de mais ações de conscientização. Também é essencial promover o diagnóstico precoce e buscar novos tratamentos.

Encontrar o câncer cedo é vital. Assim, os pacientes têm mais chance de viver por 5 anos ou mais. Esta chance cai muito em casos avançados. Fumar é a principal causa desse câncer. Portanto, parar de fumar é uma das principais formas de prevenção. Entre 80% a 90% dos diagnósticos estão ligados ao cigarro.

O adenocarcinoma é um tipo de câncer que cresce devagar. Ele é mais comum em quem não fuma, especialmente em mulheres e jovens. Já o carcinoma espinocelular aparece mais em fumantes. Ele começa nos brônquios, no centro dos pulmões.

Com a tecnologia, a prevenção e o tratamento do câncer estão evoluindo. A esperança está nas inovações, como a imunoterapia. Especificamente para mutações como a ALK, ela aumenta a qualidade de vida e a sobrevida. As conclusões sobre câncer de pulmão ressaltam como é crucial lidar com essa doença de várias maneiras. Isso inclui prevenir, diagnosticar cedo e usar tratamentos inovadores.

A equipe de redatores da Outro Plano é composta por especialistas na área de saúde, negócios e setor automotivo.